Enquanto os livros impressos em papel ainda lideram o mercado em relação aos livros digitais, que seja celebrada a leitura dos mesmos!
Hoje na escola do meu filho menor, o Lukas, foi organizado um evento chamado "a sexta-feira da leitura". Os alunos apresentaram seus livros favoritos com ajuda de cartazes, desenhos, figuras, e leituras de alguns de seus capítulos. E alguns pais foram convidados a lerem para a turma parte de livros que pudessem vir a despertar mais o interesse deles pela leitura.
Nós haviamos sido convidados a participar como pais e já estava decidido que iríamos. O Darling iria ler um de seus livros de infância para eles. Eu iria acompanhando para curtir e registrar o evento com fotos para a posteridade. Curtir as apresentações sentadinha lá na cadeira baixa da sala de aula deles, ouvir as leituras, sorrir para eles dando apoio, tirar várias fotos, dar os parabéns a todos os participantes, me despedir e voltar para o escritório. Este era o plano inicial... Até que o Darling recebe a confirmação da visita de um de seus clientes no escritório durante o mesmo período da sessão de leitura na escola. Céus! Como dizer agora ao Lukas que "furou geral"?
- "Lukas, aconteceu uma coisa que não deixa mais o papai participar do dia da leitura na sua escola. Você acha que tem problema se a gente não for mais?"
- "Como?" - suspense, olho arregalado, cara de coitado (dele) - "Vocês não vão mais? Mas eu havia dito a professora que você mamãe iria fazer a leitura e o papai iria para acompanhar..." - suspense, olho arregalado, cara de coitada (minha - é claro!).
- "Lukas!!! A mamãe fazer a leitura? Com esse meu alemão macarrônico! Como você foi falar isso para a professora????"
- "Mãe, você conversa com todas as pessoas lá da escola muito mais do que o papai e todo mundo entende tudo que você fala... Além disso, a mãe do Martin vai, a mãe do Mathias vai e a mãe do Max também... e você já está lá na lista que a professora fez..."
Nessa hora, eu não sabia se odiava o cliente alemão que resolvera de última hora aparecer no escritório, se reclamava com o Darling por não cumprir com o planejado ou se consolava o Lukas que já encaminhava seu olhar ao chão, mostrando um certo ar de desapontamento com os seus pais... Como já era de se esperar, cedi.
- "Que seja o que Deus quiser!" - suspense, olhos arregalados, caras de alegre (deleS!) -"Ok, ok, eu vou! Eu vou procurar um livro de linguagem simples e uma parte bem pequena e vou ler lá na sua escola, conforme combinado..." A satisfação voltou a se mostrar no rosto de Lukas e o "alívio" no do Darling.
E assim foi feito. A manhã se desenrolou de forma agradável para todos os presentes. As crianças apresentaram os seus livros com desenvoltura, despertando o interesse entre os amiguinhos em ler os livros por eles escolhidos. Os (outros) pais leram como profissionais na arte de contar histórias. Eu fiz minha parte da melhor maneira possível, pensando que aquela seria a maior prova de amor ao meu filho e à leitura que eu poderia dar a ele naquele momento. Tudo certo. Os meus temores não aconteceram. Tudo se passou num clima de muita descontração. As crianças adoraram as leituras, inclusive a minha. Elas notaram, no entanto, a maneira "diferente" que eu entoei o texto algumas vezes. Porém, segundo percebi, elas se surpreenderam . Eu li bem melhor do que eles esperavam. Enfim, sobrevivi!
Veja neste link Lesetag - Klasse 4a as fotos que tirei lá.
No blog "Canastra de Contos" também encontramos um post recente sobre literatura na escola, com algumas dicas de como despertar o interesse dos pequenos pela leitura. Leia mais aqui.