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30 de mai. de 2009

A arte em cada um de nós...

A vida quase sempre imita a arte... ou será o contrário?

Maria Helena, minha grande amiga de infância, escreveu há algum tempo atrás um poema super criativo sobre como a arte influenciou um de seus dias. Hoje, em homenagem ao seu aniversário, eu o divulgo aqui no Boa Baltazar com a certeza de que ele vai agradar a todos os que o lerem!

Ciclotímica como a arte


Pablo Picasso, "MULHER CHORANDO", 1937

Hoje acordei fragmentada como uma pintura cubista.
Depois, ao olhar no espelho, vi-me como a “Mulher Chorando” de Picasso.
Atormentada, contrariada e em desespero.
De perfil e de frente, olhos desencontrados.
Lágrimas exuberantes.
Imagem destruída, dissolvida.
Peguei o rímel, o lápis para olhos, o pincel e o batom.
Artifícios da mulher contemporânea
Presa na planaridade da tela e na superficialidade do mundo moderno.
A maquiagem não resolveu.
Fui para o museu buscar as Madonnas de Rafael e reencontrar o equilíbrio.
Perspectiva e ponto de fuga era tudo de que eu precisava.
Estava tão antiga naquele momento do dia.
Carecia de certezas passadas.
No almoço, comi fast-food.
Fui ao cinema e virei POP.
Encontrei meus ícones virtuais.
No final da tarde, deixei de querer ser símbolo e virei uma instalação.
Arte conceitual difundia-se em meus gestos.
A leitura subjetiva dos outros sobre mim não mais me incomodava.
As múltiplas interpretações me faziam rir.
Podiam me experimentar do jeito que quisessem.
À noite, fiquei abstrata e cheia de mistérios.
Só tinha cores e formas indefinidas.
Sentia-me bonita.
Dormi em paz.

Texto de Maria Helena B. Pereira
(todos os direitos reservados)


19 de mai. de 2009

Tudo + ou -


(uma viagem num mundo de blogs...)

E lá vou eu mais uma vez usar o tempo, que eu sempre digo que não tenho, para encontrar as minhas múltiplas realidades e me render a um café com poesia, que geralmente me vem como um café da madrugada, ou para simplesmente observar os eucaliptos na janela, num jardim efêmero, vendo as cores da vida. Como eu quase nunca dou ponto sem nó, junto todos os cacos e cacarecos, evoco minha alma poeta e acabo escrevendo blogstórias essenciais, sempre brincando com a rima, na dança das palavras. Elas revelam conversas furtadas, conversas em português, compondo favas contadas, canastras de contos, reviravoltas de alice, riscos e rabiscos, formas e coisas que no mundo de ideias de milene, de doidivana, de anacarmen, de con, de mata hari ou de zisco, me perco e também me encontro. Mais tarde, compondo o olhar, me vejo através de lentes de usuários compulsivos, como se fossem language glasses, que nunca perdem por aprender: know or never! Como se vestindo uma saia justa, por vezes penso enlouquecer em pensamentos. Viajo pela leitura, apreciando as paisagens da crítica. Insisto em ler para aprender cada vez mais... ler para crescer, ler o que elas estão lendo, ler tudo sobre livros, ler coisas banais, ler essencialmente palavras! Sentindo ventos da liberdade, me vejo wise, tropical, essencial, encantada e favorita. Ufa! Tou em outra! E dando asas as minhas ideias estendo-as como num fio, num varal, com a esperança da viagem ser curta, porém sempre amiga. Boa Baltazar! Vovó sempre dizia...

O drama norte-nordestino...

Estou aderindo com este post o apelo do Prof. Ery do Blog Infinito Positivo.

Para ajudar Banco do Brasil e Bradesco!

As doações podem ser feitas nos postos do Corpo de Bombeiros (de segunda-feira a domingo, de 8h às 18h) e do Provopar (de segunda a sexta-feira, de 9h às 18h) em todo o Paraná. Mais informações pelos telefones da sede do Corpo de Bombeiros (41 3351-2000), do Primeiro Grupamento de Bombeiros (41 3212-2900), da Defesa Civil (41 3350-2608) e do Provopar (41 3234-1118).


Maranhão em vídeo.

15 de mai. de 2009

A Ilha

(um diálogo em família: qualquer semelhança é pura coincidência)

  • “Darling, você já imaginou se um dia nós tivéssemos de ir para uma ilha no pacífico...” [Afinal por que mesmo no Pacífico? Essa confesso que não entendi...] “e só pudéssemos levar 5 coisas ou pessoas conosco...”
  • “Já sei, isso deve ser mais uma bobagem que você tá lendo aí na Internet!”
  • “Não, sério! Pense bem. Só 5 itens e nada mais e ainda para ficar lá 10 anos!”
  • “Não falei que era mais uma bobagem sua...”
  • “Ah, me ajuda vai... Bem os MENINOS eu teria que levar comigo de qualquer maneira. Nem pensar passar 10 anos sem vê-los crescerem e sem fazer parte da vida deles! Ok, então 2 itens já estão preenchidos!”
  • “E você acha que eu ia ficar aqui sem os meninos? De maneira nenhuma!” humm humm... “Aliás, você parece que nem considerou a ideia de levar o PAI DOS MENINOS com você, não?”
  • “Darling, que bobagem! Lógico que eu iria levar você também! Olha aqui, já tinha até começado a escrever o seu nome aqui no papel, olha só...”
  • “Humm humm....”
  • “Viu! Que bobo que você é! Afinal, quem iria dar banho nos meninos? Pescar com eles um peixinho para depois prepararmos o jantar? Nadar com eles e também correr ao redor da ilha toda para mantê-los ocupados e esportivos?” …. “Viu como eu não iria nunca deixar de levar você? E afinal não seria nada legal passar 10 anos sem você! Nem pensar! Ok, o terceiro item também já foi preenchido. Agora só faltam mais 2.” …
  • “Mais 2 coisas só? Hummm... o melhor seria poder levar também um anzol, um canivete, um kit de acampamento, uma panela, uma faca, sacos de dormir, livros, minha mochila, máquinas fotográficas, ...”
  • “Pode parar. Não dá para levar tudo isso! Só coisas essenciais! Eu já tinha feito uma lista de essenciais e necessários. É só agora escolhar 2 coisas dela.”
  • “Ok. Leia então a sua lista de essencias...”
  • “Alicate de unha, travesseiro, toalha de praia, uma rede bem grande… Ah... já até imagino uma rede entre duas árvores da ilha, com o mar no fundo e eu dentro dela lendo um livro interessante... Olha, até que a ideia é boa!

  • “Pode ler o livro bem lentamente, pois você vai ter 10 anos para acabar de lê-lo. Afinal, só essa sua ideia já esgotou com os 2 últimos itens...”
  • “É mesmo... uma rede e um livro... mas só isso! Ah, é pouca coisa demais! Não vou conseguir! Sem falar nos meninos! Como é que eles vão ficar esse tempo todo sem Nintendo DS? E os baralhos de Magic Cards? Com certeza eles iriam querer tê-los lá também...”
  • “Vai ser mais difícil explicar para eles que eles teriam de brincar o tempo todo só conosco e não com os seus amigos da escola ou do play-ground!”
  • “É verdade! Mas sabe o que eles iriam adorar? "
  • "O que?"
  • "Se a mamãe fosse junto! Afinal eles quase não brincam com ela. Iria ser uma novidade e tanto para eles. E além disso eles iriam poder conhecer melhor as histórias da família e curtir a vovó o tempo todo...”
  • “E você também a sua mamãe!”
  • “Também! Ok. Ótima ideia. Já está decidido! O quarto ítem fica para a mamãe!
  • “Humm humm....”
  • “O que foi? Você sempre diz que gosta muito dela!”
  • “Humm humm....”
  • “Tá com ciúme? Ah, Darling, que bobagem...”
  • “Os meninos só teriam contato com uma avó... a outra eles iriam deixar de ver por 10 anos...”
  • “10 anos passam rápido. Você vai ver só! E afinal isso é só uma brincadeira...”
  • “Humm humm....”
  • “Ok. Detesto ver você assim! O último ítem fica para a sua mãe! Tá bom assim?”
  • “Humm humm....”

......x.....x.....x.......


Tertúlia Virtual, 15.05.2009
Pergunta:
" Você irá passar 10 anos numa pequena ilha deserta no Pacífico, e só poderá levar cinco coisas. Quais seriam? "


Resposta:

  1. meu filho mais velho
  2. meu filho mais novo
  3. meu marido
  4. minha mãe
  5. minha sogra

Será que vai dar certo isso? Sei lá...

Abaixo segue o meu PROTESTO!!!




14 de mai. de 2009

Chata? i9!

...dizem que a web está muita chata...



NÃO

DEIXE

A

MESMICE

INVADIR

O

SEU

ESPAÇO!



I9!

©2009, fccdp



12 de mai. de 2009

Um ano mais experiente...



Autoanálise

As novidades me atraem.
O trabalho me ocupa.
A pesquisa me desafia.
As tarefas me reciclam.
As dificuldades me irritam.

As ideias me invadem.
Os pensamentos me atropelam.
As ações me fogem.
A frustração me rodeia.
A confiança me ampara.

A sociedade me cobra.
A caridade me dignifica.
A leitura me alimenta.
A escrita me diverte.
A pintura me realiza.

A família me completa.
A distância me sufoca.
A tecnologia me consola.
A comunicação me ajuda.
A rotina me salva.

O tempo me marca.
A idade me trai.
A experiência me acompanha.
A sinceridade me equilibra.
A objetividade me guia.

As lembranças me comovem.
Os amigos me faltam.
A casa me acolhe.
Os filhos me emocionam.
O amor me supera.

©2008, fccdp


Hoje revisito um texto que escrevi há algum tempo, sobre as coisas que me marcam e que de alguma forma importam para mim. Em resumo, é assim que me defino. E hoje, em particular, me sinto um ano mais experiente!


Quem já teve também um retratinho como esse, como lembra
nça de seu aniversário deve ser pelo menos tão experiente quanto eu! Cheers!

Rosas de presente da amiga Ester

Adorei!
Clique nas rosas e leia mais.



Bolo de presente da amiga Mírian

Hummm...! Adoro chocolate!!!
Clique na torta e leia mais.



Flores que ganhei da Sandra do blog "curiosa"

Lindas!
Clique nas flores e leia mais.





10 de mai. de 2009

Mãe, hoje é seu dia!

minha Mãe
minha amiga

minha referência de vida
minha cumplicidade eterna

cada dia que se passa
reconheço mais o seu valor
e as lágrimas que agora me abençoam

trazem consigo um pouco do seu calor
elas são gotas de afeto, de carinho e amor
que desaguam neste oceano,
chamado destino,
que um dia nos separou.


Fotos tiradas em 2008 na Áustria.

Querida Mamãe,

Que o oceano que nos separa seja sempre muito menor
do que o amor que nos une!

Feliz dias das Mães!

Até breve!


2 de mai. de 2009

Amigos, Amigos, Torcidas à Parte!


Se existe um período no qual o espírito de patriotismo me toma por completo, posso dizer que este ocorre de quatro em quatro anos, quando o Brasil participa com a sua seleção de futebol na copa do mundo. Não pense que sou expert em futebol. Isso não! Nunca sei quando os grandes times jogam e que jogadores pertencem a eles. Nem tão pouco conheço as suas classificações nos campeonatos. Entretanto, quando a copa do mundo se inicia, rapidamente me informo sobre o técnico e os jogadores escalados para a seleção. Leio sobre seus currículos esportivos, seus fortes e suas fraquezas profissionais. E, sempre que possível, comento com amigos sobre esses personagens tão importantes de nossas vidas – pelo menos até a copa acabar, ou melhor, até uma derrota nos tirar do páreo. Analiso suas participações nos jogos mais recentes, aumentando assim gradual e consistentemente o meu conhecimento na questão. Acompanho de longe os resultados dos jogos de outros países e, conforme já era de se esperar, nunca perco um único jogo do Brasil. Tenho certeza que não sou a única a fazer isso.

Ainda me lembro da Copa de 98, a minha primeira copa do mundo casada, morando na Áustria e ainda por cima mãe. Markus era um bebê de quase seis meses. Num dos jogos do Brasil, eu assistia ao jogo pela televisão sentada no sofá da sala com Markus no colo. O jogo não estava lá essas coisas. Meus comentários um tanto radicais contra os que jogavam fora do esperado, meus comandos – como se eles me escutassem! - e gritinhos esporádicos chamaram atenção do Erhard que já se encontrava na sala a me observar. Não pense que ele também estava querendo assistir ao jogo,. Isso não. Entre seus interesses, o futebol não se encontra. Também, é de se entender. Com aquele seu time nacional de futebol, não existia motivação que resistisse!

- “Vai lá! Bola pra frente!… Vira o jogo!… Mas que droga de jogo é esse?!??!”, Dizia eu já com o sangue esquentando nas veias. A cada chute ao gol, eu me empolgava e fazia menção de me levantar do sofá e pular de alegria. Mas logo que a tentativa fracassava, voltava eu desanimada e me ajeitava novamente no sofá. Markus, sempre no meu colo, não parecia estar ligando muito para o senta-levanta. Erhard empalidecia. De quando em quando ele dizia: “Calma, relaxa! É só um jogo de futebol… Os vizinhos daqui a pouco vão achar que você está passando mal com esses gritinhos!”

Não dá para explicar para quem não é brasileiro, o sentimento que temos em relação ao nosso futebol, quando é copa do mundo. Assim como, o orgulho que nos invade quando falamos sobre as nossas várias e – quase sempre – merecidas vitórias de copas anteriores. Nunca tirei da memória a euforia e a felicidade do povo carioca nas ruas em blocos improvisados de carnaval, festejando a vitória da Copa de 70 – que timão aquele! E eu era uma criança, mas aquele dia me marcou. Era uma alegria contagiante, como se por algumas horas o Brasil se desprovesse de todos os seus problemas mais básicos e cruciais, para alimentar a alma com um sentimento inigualável de contentamento e de orgulho patriótico. Também me recordo da tristeza que levou muitos de nós a ter os olhos cheios d’água, quando perdemos para Argentina na Copa de 82. Logo para a Argentina!!

Markinhos também acompanhava de olhos bem abertos toda a evolução daquele jogo do Brasil em 98. Acho que ele estava até se distraindo muito com o meu estado um tanto frenético de lhe dar o colo naquele dia. Acredito que desde aquela copa, ele embutiu em seu espírito o amor que tem até hoje por esse esporte. Na escolinha de futebol ele é artilheiro e – sem exageiros – um dos melhores. Lukas também segue o mesmo caminho. Em campo ele atua melhor na defesa ou como goleiro. Porém, quando lhe é dada a chance de jogar no ataque, ele se esmera ao máximo e sempre faz ótimas jogadas. Neste aspecto, para minha alegria, nenhum dos dois sairam ao pai.

Um penalty se aproximava. Wow! Foi marcado um penalty a favor do Brasil! Eu estava radiante. Era a grande chance de um primeiro gol naquela partida que não ia lá bem das pernas. – “Fatima, me dê o Markus. Acho que ele vai ficar mais seguro no meu colo”. Disse o Erhard mais do que depressa ao perceber o que poderia acontecer. - Goooooolllll! Com os braços livres e consciente de que já não segurava mais o menino no colo – apesar do Erhard sempre contar que eu teria reagido da mesma forma com ou sem o Markus - pude pular empolgadamente e celebrar o gol com toda a satisfação de um bom torcedor, já pegando a bandeira para pendurar na varanda. Do outro lado da sala, pai e filho me olhavam espantados. Era mais um choque cultural que ali se apresentava…

Já em 94, a passagem da copa do mundo se deu para mim de uma forma muito especial. Nesta época, eu morava em Londres e dividia o apartamento com Malu, uma amiga gaúcha que assim como eu, também estava cursando o doutorado no Imperial College. Malu recebia visita de sua irmã e seu cunhado, vindos do Rio Grande do Sul. Eles se hospedavam conosco no apartamento de Elm Park Gardens. Aquele apartamento era sempre "bem frequentado". Não me refiro à qualidade somente, mas também e principalmente à quantidade de pessoas que por lá passaram. Recebemos várias visitas de amigos naquele endereço. A maior parte era de brasileiros e italianos. Todos muito queridos e agradáveis, faziam parte de nossa rotina por algum tempo e nos supriam de humor e carinho, renovando a força que pecisávamos para atingirmos os objetivos que traçamos para nossas vidas. Apesar de ter sido por um lado dura e difícil, aquela época em Londres foi bastante dinâmica e talvez uma das mais interessantes de minha vida.

Antes de dividir o apartamento com Malu, já havia morado lá com a Alessandra e com a Ana Maria, duas primas integrantes da nossa grande comunidade de amigos italianos, então residentes em Londres. Naquele período recebemos por várias vezes, parentes e amigos italianos como hóspedes e aumentamos ainda mais nosso círculo de amigos desta nacionalidade. É claro que eles também eram apaixonados por futebol, principalmente na copa do mundo! Assim, em 94 resolvemos assistir aos jogos do Brasil e da Itália juntos, formando um grande grupo de torcedores animados lá no nosso apartamento. Até aí tudo bem. O problema aconteceu quando o Brasil chegou na final da copa do mundo, juntamente com a Itália!!! Por essa ninguém esperava! Já deu para entender o drama, não? Como iríamos então, num evento tão importante para todos nós como o jogo final da copa, deixarmos de assistir “Brasil x Itália” juntos com nossos melhores amigos, torcedores do outro time: os italianos?!?!? Nem pensar! Seria trair nossa amizade!

Nosso visitante gaúcho, mal podia acreditar no que estava acontecendo. – “Como guria? Tu estás de brincandeira, não?? Vamos assistir ao final da Copa com o apartamento cheio de gente torcendo pelo time oposto???” Malu e sua irmã tentavam acalmá-lo, mas para ele a situação estava simplesmente insuportável. –“Como vamos - logo hoje - deixar italianos entrarem aqui???” - Confesso que foi a primeira vez que vi um gaúcho sair do sério. Longe de tentar entrar no espírito esportivo e amigável daquela situação, ele se coçava de inquietação com toda aquela estória que para ele mais parecia um pesadêlo estonteante.

Aos poucos nossos convidados e amigos chegavam para a grande final. Entre brasileiros e italianos, também se encontravam gregos, indianos e ingleses. Decoramos o apartamento todo com bandeiras e fotos de revistas, de nossos jogadores em ação. Mássimo, um amigo napolitano com grande senso de humor, não perdeu a oportunidade para virar as setas com os nomes dos países, que indicavam onde as duas torcidas poderiam assistir ao jogo separadamente, caso fôsse necessário. Logo percebi que a seta indicando Brasil apontava então não mais para a sala de estar, e sim para o banheiro!?!??! - “Tás vendo. Já começou a tortura…”, dizia o nosso amigo visitante gaúcho em cócegas. E assim passamos todo tempo anterior ao início do jogo fazendo brincadeiras uns com os outros, contando piadas, beliscando e bebericando num clima bem relaxado. Como eu disse, isso se deu até o jogo começar. Bastou escutarmos nossos respectivos hinos, para que o sentimento de patriotismo baixasse por completo em todos nós. Mesmo assim, começamos a assistir o primeiro tempo todos juntos na sala, pois afinal éramos todos amigos, acadêmicos e acima de tudo civilizados. Jogo vai, jogo vem e a tensão tomou conta do ar que respirávamos. Já não conseguíamos mais encarar uns aos outros de frente, sem pensarmos na disputa pela vitória. Todos os comentários e gritos se misturavam naquela sala: “Vai lá, vai lá…! Vai que é tua!”, “Barbaridade! Que estupidez!”, “Forza Itália!”, e assim foi. Nos toleramos num nível educado, porém tenso, até o final do primeiro tempo. Durante o intervalo, percebemos que éramos simplesmente humanos e resolvemos que seria melhor para as duas torcidas se sentirem mais a vontade, que usássemos o plano B. Assistimos então o segundo tempo em cômodos separados. Os gritos, chingamentos e estímulos devotados aos jogadores em campo, ficaram então mais liberados no segundo tempo e começaram a sair com mais emoção e também cada vez mais altos. O clima era tenso próximo dos dois aparelhos de televisão. Os olhos nem piscavam. No entando, entre nós o efeito de separação funcionou excepcionalmente bem. Quem se aventurava a perder alguns minutos da transmissão para ir ao banheiro ou beber alguma coisa na cozinha, passava pelo cômodo da outra torcida e sempre fazia então um comentário de suporte, como por exemplo: - “Tá difícil, não?”, “Os dois times estão jogando muito bem!”, “Na verdade acho que os dois mereceriam ganhar…” – Ganhar que nada! Pelo menos não no tempo regulamentar. Para quem ainda se lembra, em 94 a final entre Brasil e Itália foi disputada na prorrogação, com penalties. Fato que, na verdade, serviu de consolo para todos nós amigos e torcedores dos times opostos. Concordamos que o jogo foi difícil para os dois lados, e que apesar do Brasil ter ganho na disputa final de gols, foi uma questão de pura sorte… - “Nesse caso foi ótimo a sorte ter sido nossa!” Pensei eu e com certeza também o nosso visitante gaúcho. Mas isso não comentamos em voz alta. Claro que não! Afinal, o papa pode morar na Itália, mas como se acredita no Brasil: “Deus é brasileiro!” Posso concluir que com a Copa de 94, confirmei dois ditos populares na prática: 1. “O importante é competir! Não importa se perdemos ou ganhamos – até o dia que realmente perdemos!!!”; “2. Quando se trata de futebol o melhor é sempre ter: "amigos, amigos, torcidas à parte"!

texto original escrito em 28/08/2007

Boa Baltazar no Varal!

Mais uma vez o "Boa Baltazar" é citado no "Varal de Ideias"! Dessa vez com a minha foto de perfil e tudo!
Obrigada Eduardo!

CULTIVANDO PÉS DE VENTO

Enviado por Fátima Cristina do BOA BALTAZAR !
cuja FOTO DO PERFIL é esta:


1 de mai. de 2009

Uma festa como poucas!

Estou de ressaca. Fui à uma festa. Festa de aniversário. Aniversário de uma amiga. Estava ótima. Levei rosas amarelas de presente. Muitos amigos e parentes. Muitos presentes. Até mesmo gatos. Tortas e balões de gas. Muitos votos de felicidades. Poemas, versos, músicas! Muitas flores. Muita emoção! Muito amor maternal, mesmo que em ambiente virtual. Seus filhos são muitos. Meninas e meninos. Alguns grandes, outros pequenos. Uns morando perto e outros bem distantes. Mas a todos ela distribui seu carinho e sua atenção como se estivessem sempre bem ao seu lado e não somente ligados através de sua Esperança. A festa foi ótima. Saí de lá tarde e pude contar uns 80 amigos que entravam e saiam entre votos, presentes e abraços. Sucesso total! Na próxima festa, vou mais descansada para poder ficar até o dia clarear! Felicidades Amiga! Linda Festa a sua!

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